quinta-feira, 24 de março de 2011

EXPERIÊNCIAS VIVIDAS NOS AMBIENTES ESCOLARES

          A escola pública que frequentei, todos os alunos eram de famílias carentes, pais agricultores que sabiam apenas assinar o nome. Como de práxis, iniciei na escola com seis anos, tendo como professora uma senhora que dominava apenas a leitura e a escrita e sabia as quatro operações da matemática. Na época, não havia cadeiras pra todos sentarem e muitas vezes sentávamos no chão.
            Assim, o método adotado pela docente era o tradicional que exigia obediência e um bom comportamento. Toda vez que chegávamos à escola, antes de entrar, tínhamos que cantar o hino nacional e entravamos em fila. Durante as aulas, éramos instruídos a imitar todo procedimento feito por ela, que exigia de nós extrema excelência, caso contrario iriamos ficar de castigo no recanto da sala. As tarefas eram feitas repetidamente seja ela oralmente ou manuscrita.
            Assim, percebe-se que esse método além de constranger, impossibilita o aluno a construir suas capacidades. Além disso, nas aulas tradicionais, os alunos esforçam-se por assimilar a matéria dada pelo professor, demostrando mais interesse em agradar o mesmo com a memorização do conteúdo do que a apreensão do conhecimento e essas atividades muitas vezes não condizem com a realidade dos discentes.
          Ainda como estudante do quarto ano do ensino fundamental tive uma professora bastante prestativa no exercício da profissão, exigente no que se refere à aprendizagem dos alunos. Porem, a docente mostrava-se mais preocupada em ser eficiente para satisfazer-se como profissional. E pautado nessas ações, percebo que uma das evidentes ações tomadas como pratica docente pela mesma, era ser dotada de uma visão mecanicista comportando-se de maneira reducionista, adotando atividades repetitivas, sem nenhum tipo de atitude critica. Demostrando ao longo das situações, não se importar com atividades que levassem o aluno a construir, perceber e analisar situações que faziam parte do seu cotidiano. Além disso, Como professora muitas vezes tinha um comportamento antiético referente aos alunos que não tinha uma aprendizagem tão rápida quantas as outras que se destacavam na sala, colocando-as em destaca sempre que a tarefa não era executada da forma que solicitou.
        Com a mesma perspectiva de estudo, cheguei ao ensino médio com uma visão de mundo mais fundamentada do que aquela de anos atrás, atribuo essa evolução ha alguns professores que tive no ensino fundamental, comecei a perceber que a educação podia de modo significativo modificar meu modo de vida, de comportamento, pois era a partir da mesma que descobriria novos horizontes.
        Na época, o professor de matemática destacava-se por ser um comunicador eficiente com o uso da linguagem Matemática, e tinha a facilidade de passar compreensão nos conteúdos abordados. Assim, prevalecia a visão sistêmica na atuação desse profissional, pois compreendíamos as informações passadas e o mesmo difundi-as, fazendo o seu processo educacional acontecer continuamente, atendendo as implicações e exigências da instituição e principalmente as necessidades dos educandos. Pois entendemos que não há visão sistêmica sem percepção e gerenciamento de resultados. E esse professor mostrava-se comprometido com uma pratica docente eficiente que atendia as necessidades dos discentes e exigia resultados dos alunos, sem sair de seu papel de professor.
       Com essas experiências, percebo que o trabalho docente além de se mostrar comprometido com a sociedade, deve promover situações que levem os educandos ao desenvolvimento de suas capacidades, tornando um ser social, ativo na sociedade, com atribuições significativas nas relações humanas e no respeito a qualquer cultura que possa ter contato, conhecendo a singularidade de cada individuo.
       Portanto, nos ambientes educacionais que tenho contato, aos poucos a visão sistêmica se prevalece cada vez mais, pois os modelos de alunos que temos hoje são diferentes do que tínhamos antigamente, e com isso as exigências são maiores. Hoje os alunos estão cada vez mais autônomos, exprimem opinião, discordam e questionam sobre vários assuntos, fazendo das relações interpessoais, uma construção de novos conhecimentos.
                                                                      Wallyn Vieira da Silva

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